Inspirado em filme gospel, transforma seu guarda-roupa em quarto de guerra
Ao cair da noite, a guerra teve início. Como todo general dissimulado, ele ataca pelas sombras, se escondendo da luz que o revela. No entanto, como nos verdadeiros campos de combate, havia um soldado vigilante, equipado e preparado para a batalha.
Arma nas mãos, lágrimas nos olhos e um único propósito em mente, salvação dos perdidos e a vitória para o exército da luz. Preparou-se para lutar em nome daquele que cometeu o grande sacrifício. Entretanto, não lutou com espadas ou armas de fogo, mas de joelhos, na intimidade de seu quarto.
O aluno Gabriel Frigatti do Instituto Adventista Brasil Central (IABC), aos 16 anos decidiu se tornar um soldado na batalha silenciosa do Grande Conflito. Inspirado pelo filme evangélico Quarto de Guerra, Gabriel transformou seu guarda-roupa em seu campo de batalha espiritual. Separou o ambiente para fortalecer seus laços com o General e Rei do universo.
No seu quarto de guerra pessoal, o estudante do segundo ano do ensino médio intercede pelos amigos, família e por si mesmo. Aprendeu a lutar com as armas do cristão, trajado com a armadura dos seguidores de Cristo. “Eu via Deus me usando pra ajudar outras pessoas, mas ao mesmo tempo eu tinha guerras contra mim mesmo e contra o inimigo; eu ainda tenho isso hoje”, completa.
Além de separar este momento com Deus, Gabriel expandiu sua missão em suas amizades. “Esse projeto de orações do Frigatti tem sido muito bom, pois além de me influenciar, também tem influenciado bastante as pessoas do residencial. Lá os monitores perguntam do projeto e ficam intrigados. De modo geral, influenciou na espiritualidade de todos ali dentro”, explica Jhonathan Pires, colega de quarto do aluno.
Frigatti conta que a missão que escolheu desempenhar influenciou sua vida em vários aspectos. “Antes de iniciar esse projeto eu tinha uma visão de relação com Deus diferente da que tenho agora. Antes eu via Deus como alguém que a gente vai atrás por necessidade. Agora eu o vejo como alguém que converso porque quero e me sinto bem com Ele”, conclui.
Como toda batalha, houveram vitórias e também derrotas. Ele conta que em vários momentos se sentiu ameaçado e pressionado espiritualmente. “Eu já tinha pensado em desistir da vida, do quarto, do IABC, de tudo. Mas o quarto de guerra me ajudou a não pensar nisso pra me focar no que Deus queria pra minha vida”, completa.
Em meio aos estudos, trabalho e lazer, o aluno escolheu lutar desde cedo. Conta que faz por agradecimento Aquele que o salvou. “Negar a Ele agora seria como atirar em alguém que ficou na frente de todos os tiros. Então eu me pergunto todo dia: ‘será que eu sou grato a ele? Será que o sacrifício valeu a pena?’. Isso tudo está escrito no meu guarda roupa e me faz querer continuar lutando”, destaca.